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3. Lei de Deus

Ninguém gosta de regras, nem das regras de Deus. As regras dele podem ser as mais difíceis porque são impossíveis de serem perfeitamente cumpridas. No entanto, Deus tem propósitos amorosos em mente ao revelar a sua lei para nós.

Recursos "3. Lei de Deus"

Guia de Estudos Online

3. Lei de Deus

3.1 E então, o que são os Dez Mandamentos?

 

Os Dez Mandamentos são a lei de Deus que expressa a sua vontade em relação a nós.

Ele a deu aos israelitas logo após libertá-los da escravidão no Egito. Eles acamparam em volta do Monte Sinai, e Deus veio a eles com sinais poderosos, os quais mostraram aos israelitas o quanto ele, Deus, leva a sério a lei que estava prestes a dar-lhes.

 

Na manhã do terceiro dia houve trovoadas e relâmpagos, uma nuvem escura apareceu no monte, e ouviu-se um som muito forte de trombeta. E todo o povo que estava no acampamento tremeu de medo. Moisés os levou para fora do acampamento a fim de se encontrarem com Deus, e eles ficaram parados ao pé do monte. Todo o monte Sinai soltava fumaça, pois o Senhor havia descido sobre ele no meio do fogo. A fumaça subia como se fosse a fumaça de uma fornalha, e todo o povo tremia muito. O som da trombeta foi ficando cada vez mais forte. Moisés falou, e Deus respondeu no barulho do trovão. Deus falou, e foi isto o que ele disse... (Êxodo 19.16-19; 20.1)

 

Ali, no Monte Sinai, a voz de Deus trovejou as palavras dos Dez Mandamentos para a nação de Israel. Eles estavam tão aterrorizados pela voz trovejante que imploraram para que Moisés falasse a eles em nome de Deus. Então Deus chamou Moisés até o topo da montanha, e lá Deus escreveu os Dez Mandamentos em duas tábuas de pedra, pois assim Moisés poderia carregá-las de volta até o povo. 

 

Jesus falou sobre estes mandamentos e mostrou que Deus não mudou de ideia sobre eles:

 

Aquele, pois, que desrespeitar um destes mandamentos, ainda que dos menores, e ensinar os outros a fazer o mesmo, será considerado mínimo no Reino dos Céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no Reino dos Céus. Porque eu afirmo que, se a justiça de vocês não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrarão no Reino dos Céus. (Mateus 5.19-20)

Para pensar

  • Por que Deus fez do cenário no Monte Sinai algo tão grandioso e aterrorizador quando deu os Dez Mandamentos ao seu povo?

  • Como o lembrar desse contexto pode nos ajudar a ver os mandamentos de Deus como uma questão de vida eterna e morte eterna?

 

Aprofundando

  • A Bíblia nos diz que Deus nos deu os Dez Mandamentos, mas não identifica qual é qual. Historiadores e teólogos do Judaísmo e do Cristianismo criaram duas maneiras diferentes de numerá-los. Este link contém uma tabela de quatro tradições diferentes de numerar os mandamentos: www.bible-researcher.com/decalogue.html 

3.2 Como Jesus resumiu os Dez Mandamentos?

 

Certa vez Jesus foi perguntado sobre qual era o maior mandamento no Antigo Testamento. Ele resumiu os Dez Mandamentos em duas ordens: uma relacionada a Deus e a outra relacionada ao nosso próximo.

 

Jesus respondeu:

— “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma e com toda a mente.” Este é o maior mandamento e o mais importante. E o segundo mais importante é parecido com o primeiro: “Ame os outros como você ama a você mesmo.” Toda a Lei de Moisés e os ensinamentos dos Profetas se baseiam nesses dois mandamentos. (Mateus 22. 37-40)

Todos os mandamentos se resumem, em última análise, ao nosso amor a Deus e ao amor uns pelos outros. Ou, como é dito em Romanos 13.10: “Portanto, amar é obedecer a toda a lei.”

 

Quando amamos a Deus acima de todas as coisas, nós mantemos Deus no lugar certo em nossa vida. Quando nós amamos verdadeiramente as pessoas ao nosso redor, nós protegemos a vida, a reputação e a propriedade delas. E, fazendo isso, trazemos satisfação e alegria para a nossa vida.

 

Em 1João 4. 8, nós lemos: “Deus é amor.”  Por seu grande amor por nós ele nos deu a vida. E por seu amor ele sustenta essa vida e a protege de todos que poderiam causar a morte ou nos fazer algum dano. Por seu grande amor ele nos deu o seu Filho para nos salvar dos pecados, da morte e da condenação eterna. Ao nos dar os Dez Mandamentos, Deus simplesmente nos ordena a amá-lo e a amarmos uns aos outros como ele nos amou primeiro.

Para pensar

  • Quando você trata uma pessoa com amor e bondade, que diferença isso faz em sua vida e na sua maneira de olhar para o mundo?

  • Se realmente amássemos uns aos outros assim como amamos a nós mesmos, o que seria diferente em nossa família, trabalho, comunidade, nação e mundo?

3.3 Deus quer que os Dez Mandamentos sejam aplicados a nós ainda hoje?

 

Com certeza! Não faria muito sentido Jesus resumir as leis em duas amplas afirmações se ele tivesse a intenção de anulá-las. Os Dez Mandamentos continuam a proporcionar o modelo para vivermos, na sociedade contemporânea, uma vida digna e com propósito, que promove paz entre as pessoas e lhes mostra como honramos a Deus. 

Alguns poderiam discordar dizendo que os Dez Mandamentos estão muito ultrapassados. Eles foram dados ao ser humano há cerca de três mil e quinhentos anos e não abordam questões atuais. Por exemplo: como os Dez Mandamentos poderiam orientar o uso que fazemos da internet? À primeira vista, quem pensa assim parece ter razão. Certamente a vida hoje é muito diferente do que era no dia em que Moisés recebeu as tábuas. Os métodos de transmissão desse ensino podem ter mudado, mas a natureza humana, que nos tenta a fazer escolhas pecaminosas, continua totalmente intacta.

 

Jesus disse:

Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei — nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas. (Mateus 5.17-18)

Para pensar

3.4 É possível alcançar a salvação POR MEIO da Lei?

 

Com certeza, mas apenas se pudéssemos cumprir os mandamentos de Deus perfeitamente, nunca violando uma única lei durante toda a nossa vida. O problema é que nenhum de nós é perfeito. Todos nós pecamos. Por isso, a resposta é não. Pecadores não conseguem alcançar a salvação por meio da Lei.

 

Mas todos se desviaram do caminho certo e são igualmente corruptos. Não há mais ninguém que faça o bem, não há nem mesmo uma só pessoa. (Salmo 14.3)

 

Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. (Romanos 3.23)

Para pensar

  • Na Lição 1, “Por que Jesus?”, nós conversamos sobre outras religiões do mundo, que diminuem as exigências e supostamente permitem que assim você alcance o céu pelas suas próprias forças. No Islamismo você mereceria ir para o céu desde que as suas boas ações superem as suas más ações. No Hinduísmo você reencarnaria e teria um número infinito de segundas chances, até que finalmente você conseguiria endireitar as coisas e alcançar o Nirvana. 

  • O que faz com que essas alternativas sejam mais atrativas para as pessoas do que o Cristianismo?

  • Como essas religiões eliminam a necessidade de Jesus Cristo como o nosso Salvador?

  • Qual é o perigo de avaliarmos a nossa vida à luz das pessoas que estão à nossa volta ao invés de fazê-lo de acordo com a Lei de Deus?

3.5 O que é o pecado original?

 

O problema da nossa condição pecaminosa vai além das ações más que fazemos e das coisas boas que nós deixamos de fazer. Todo o nosso ser foi contaminado pelo pecado desde o momento em que fomos concebidos, muito antes de nós podermos fazer qualquer ação boa ou má. A Bíblia chama isso de pecado original. O pecado original é a natureza pecaminosa que recebemos dos nossos pais.

 

Tudo começou em Gênesis 3, no jardim do Éden. Quando Adão e Eva desobedeceram à ordem de Deus e comeram a fruta proibida, a natureza deles mudou. A santa imagem de Deus, que havia sido criada neles, foi substituída por uma natureza pecaminosa. Eles passaram essa natureza pecaminosa para os seus filhos na concepção. Então, os filhos passaram para os filhos deles e assim por diante até que, um dia, os nossos pais a passaram para nós.  É assim que o pecado original continua sendo passado a toda a humanidade de geração em geração.

 

(Jesus disse:) Por que é que vocês não entendem o que eu digo? É porque não querem ouvir a minha mensagem. Vocês são filhos do Diabo e querem fazer o que o pai de vocês quer. Desde a criação do mundo ele foi assassino e nunca esteve do lado da verdade porque nele não existe verdade. Quando o Diabo mente, está apenas fazendo o que é o seu costume, pois é mentiroso e é o pai de todas as mentiras. (João 8.43-44)

Para pensar

  • Por que é difícil aceitar que bebês recém-nascidos (e bebês que ainda estão no ventre) são pecadores que precisam do perdão de Deus?

  • Quando pensamos em pecado, por que nos inclinamos a focar nas coisas más que nós fizemos ou dissemos mais do que nos pensamentos e desejos da nossa mente e coração?

 

Aprofundando (somente em inglês)

3.6 O quanto Deus é rigoroso com respeito à nossa obediência à Lei?

 

A santidade de Deus (ou seja, sua absoluta ausência de pecado) e justiça exigem que sejamos absolutamente perfeitos em todos os nossos pensamentos, desejos, palavras e ações.

 

(Jesus disse:) Portanto, sejam perfeitos, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu. (Mateus 5.48)

 

A Bíblia ensina claramente que todo o pecado e toda a desobediência devem ser punidos.

 

Quem desobedece à lei de Moisés é condenado sem dó à morte, se for julgado culpado depois de ouvido o testemunho de duas pessoas, pelo menos. (Hebreus 10.28)

Por que ser tão rigoroso? Deus é absolutamente santo e perfeitamente justo. Por que ele não nos destrói imediatamente? Ele não faz isso porque ele é misericordioso e quer perdoar os nossos pecados. 

 

Mas, embora ele seja paciente, ele não pode tolerar o pecado na presença dele para sempre.

 

Tu não és Deus que tenha prazer na maldade; tu não permites que os maus sejam teus hóspedes. Tu não suportas a presença dos orgulhosos e detestas os que praticam o mal. Acabas com os mentirosos e desprezas os violentos e os falsos. (Salmo 5.4-6)

 

Agora escutem, ó reis; prestem atenção, autoridades! Adorem o Senhor com temor. Tremam e se ajoelhem diante dele; se não, ele ficará irado logo, e vocês morrerão. (Salmo 2.10-12)

Para pensar

  • Ficamos indignados quando um motorista embriagado atropela e mata pessoas nas ruas e não é punido. Não deveríamos esperar que Deus, como um juiz perfeito, puna, com justiça, o pecado?

  • Antes de acreditarmos que Deus realmente tem essa reação diante dos nossos pecados, o que precisamos reconhecer sobre nós mesmos?

3.7 Se não podemos salvar a nós mesmos, como podemos ser salvos?

 

Como criminosos condenados, não há qualquer coisa que possamos fazer para merecer a graça de Deus, ou desviar a sua ira. Mas o amor e a misericórdia de Deus por nós o levaram a providenciar um Substituto. Jesus tornou-se humano para levar sobre si os nossos pecados quando ele recebeu o castigo completo, em seu sofrimento e morte na cruz por esses pecados. Ver o sofrimento brutal de Jesus em filmes como A Paixão de Cristo, nos ajuda a entender que Deus leva a sua Lei e a sua santidade a sério. Mas também nos lembra de que Deus satisfez completamente a sua santidade e a sua justiça colocando os nossos pecados sobre Jesus, o qual pagou por cada um deles, na íntegra.

 

Em Cristo não havia pecado. Mas Deus colocou sobre Cristo a culpa dos nossos pecados para que nós, em união com ele, vivamos de acordo com a vontade de Deus. (2Coríntos 5.21)

 

Porém Cristo, tornando-se maldição por nós, nos livrou da maldição imposta pela lei. Como dizem as Escrituras: “Maldito todo aquele que for pendurado numa cruz!” (Gálatas 3.13)

               

O próprio Cristo levou os nossos pecados no seu corpo sobre a cruz a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos uma vida correta. Por meio dos ferimentos dele vocês foram curados. (1Pedro 2.24)

Para pensar

  • De que forma o amenizar das leis de Deus ou o contabilizar das nossas boas ações diante dele torna o sacrifício expiatório de Jesus desnecessário?

3.8  Para que serve a Lei de Deus? 

 

A lei de Deus age de três maneiras diferentes:

 

1. Freio: ela controla manifestações violentas de pecado em nossa sociedade. A Lei funciona para manter a ordem em nossa vida, família, comunidade e nas nações do mundo. Deus age por meio da Lei para frear os nossos desejos pecaminosos e proteger a nossa vida e propriedade. Podemos pensar sobre esse primeiro uso da Lei como uma cerca. Enquanto alguns olham para uma cerca como um limite que restringe, na verdade, ela é uma barreira projetada para nos proteger do perigo.

 

Obedeçam às autoridades, todos vocês. Pois nenhuma autoridade existe sem a permissão de Deus, e as que existem foram colocadas nos seus lugares por ele. Assim quem se revolta contra as autoridades está se revoltando contra o que Deus ordenou, e os que agem desse modo serão condenados. Somente os que fazem o mal devem ter medo dos governantes, e não os que fazem o bem. Se você não quiser ter medo das autoridades, então faça o que é bom, e elas o elogiarão. Porque as autoridades estão a serviço de Deus para o bem de você. Mas, se você faz o mal, então tenha medo, pois as autoridades, de fato, têm poder para castigar. Elas estão a serviço de Deus e trazem o castigo dele sobre os que fazem o mal. (Romanos 13.1-4)

Para pensar

  • O que acontece quando a cerca da Lei de Deus é removida? Descreva as coisas horríveis que as pessoas fazem após desastres como furacões, tornados, enchentes, terremotos e apagões.

  • Como seria a vida sem o cumprimento da lei?

2. Espelho: o segundo e mais importante propósito da Lei é revelar o nosso pecado para que, então, percebamos a nossa necessidade de pedir perdão. Aqui ela funciona como um espelho.

Os espelhos nos mostram quando o nosso cabelo está bagunçado, quando temos comida em nossos dentes, quando as nossas roupas não estão abotoadas ou quando o zíper não está fechado corretamente. Da mesma maneira a Lei mostra até onde nós nos desviamos do caminho perfeito de Deus. A Lei remove todas as desculpas que damos, nos convence de que merecemos o castigo eterno pelos nossos pecados e nos mostra por que precisamos de Jesus Cristo como nosso Salvador.

 

Mas foi a lei que me fez saber o que é pecado. Pois eu não saberia o que é a cobiça se a lei não tivesse dito: “Não cobice.” (Romanos 7.7)

Para pensar

  • Muitas pessoas estabelecem o nível de exigência quanto ao seu próprio comportamento somente um pouco acima do nível de exigência do comportamento das pessoas ao seu redor. Por que isso ainda não é bom o suficiente para Deus?

  • Por que é tão difícil confessar os nossos pecados e admitir que precisamos de um salvador?

3. Norma: a Lei age como norma ou guia para orientar as nossas decisões na vida para agradar a Deus. 

Uma vez que confessamos os nossos pecados e recebemos o perdão de Deus por amor de Jesus, a Lei de Deus serve a um terceiro propósito para nós. Nós precisamos disso porque os nossos desejos pecaminosos ainda nos enganam, mesmo tendo nós recebido o perdão de Deus. A Lei passa a revelar a armadilha do pecado e deixa claro o caminho certo para nós.

 

A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho. (Salmo 119.105)

Para pensar

  • Descreva algumas coisas que parecem boas ou corretas, ou, pelo menos, inofensivas, até a Bíblia nos mostrar que elas são erradas e prejudiciais a nós.

 

Aprofundando

3.9 Quais são os Dez Mandamentos?

 

Primeiro: Eu sou o Senhor, teu Deus; não terás outros deuses diante de mim.

Segundo: Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus.

Terceiro: Santificarás o dia do descanso.

Quarto: Honrarás o teu pai e a tua mãe.

Quinto: Não matarás.

Sexto: Não adulterarás.

Sétimo: Não furtarás.

Oitavo: Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

Nono: Não cobiçarás a casa do teu próximo.

Décimo: Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu empregado ou a sua empregada, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença.

3.10 Primeiro Mandamento: Não terás outros deuses diante de mim.

 

Nesse mandamento Deus exige que o coloquemos em primeiro lugar em nossas vidas. Nós devemos amá-lo acima de todas as coisas, evitar fazer qualquer coisa que desagrade a ele e confiar nele mais do que confiamos em qualquer um ou qualquer coisa em nossa vida.

 

À primeira vista, isso não parece ser muito difícil. Você dificilmente se ajoelharia diante de ídolos. Mas pare e pense sobre o que um deus realmente é. Um deus pode ser um objeto, se você confia que esse objeto irá proteger você espiritualmente, ou livrar você de problemas. Algo que você ama e tem medo de perder pode ser o seu deus.

 

Isso se vê claramente nos vícios. Geralmente alguém que está dependente de uma droga está disposto a perder a família, o trabalho, a casa, o dinheiro, a saúde e até a própria vida para se drogar de novo. Claramente, essa pessoa colocou o seu vício – quer seja drogas, álcool, pornografia na internet ou outra atividade – bem acima de Deus.

Mas o vício não é a única maneira de violarmos o Primeiro Mandamento. Nós facilmente falhamos quando permitimos que algo que poderíamos desfrutar por ser bom em si mesmo torna-se a parte mais importante da nossa vida. Pessoas são consumidas pelos seus trabalhos, viagens, esportes, leitura ou outras atividades e passatempos agradáveis. Outros colocam pessoas acima de Deus quando começam a namorar, quando casam ou quando criam filhos. Riqueza, fama, vantagem política, popularidade... Seja o que for aquilo que tira o nosso olhar de Deus, esse mandamento nos lembra da importância de colocarmos Deus acima de tudo.

 

O Primeiro Mandamento é crucial para todos porque só Deus é a fonte da nossa vida. Somente ele pode suprir todas as nossas necessidades, nos proteger de todo o mal e nos livrar da morte e do inferno. Não é que Deus seja um ser egoísta ao insistir em estar em primeiro lugar. É que você e eu facilmente esquecemos o quanto nós precisamos de Deus acima de todas as pessoas e de todas as coisas na nossa vida. 

 

No céu, eu só tenho a ti. E, se tenho a ti, que mais poderia querer na terra? Ainda que a minha mente e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força, ele é tudo o que sempre preciso. (Salmo 73.25-26)

 

Quando nós vemos Deus como ele realmente é, quando conhecemos o seu amor em Cristo Jesus e a alegria que experimentamos ao dedicarmos nossa vida a ele, então nós não seremos facilmente induzidos a fazer das coisas deste mundo as nossas maiores paixões. Na verdade, nós podemos aproveitar de maneira mais completa as coisas boas que Deus nos dá aqui na Terra quando damos o crédito a ele, e agradecemos a ele por nos dar tais coisas.

Para pensar

  • Por qual objeto você poderia facilmente se tornar obcecado?

  • Que medidas que você pode tomar para controlar essa obsessão?

  • Quais são as coisas que, para você, são importantes a ponto de levar você a deixar de lado o seu tempo regular com Deus no culto, na leitura da Bíblia, na oração ou nas devoções particulares?

 

Aprofundando

3.11 Segundo Mandamento: Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus.

 

Esse mandamento exige que pensemos reverentemente sobre Deus e que sejamos cuidadosos a fim de falarmos e usarmos o nome dele somente de maneiras que levem outras pessoas a confiar nele também. 

 

A maneira mais clara de conhecer a Deus é por meio do que ele escolheu revelar na Bíblia. Nós podemos chamar isso de autorrevelação do nome de Deus ou de sua reputação, ou honra.

E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. (Atos 2.21)

 

Uma vez que nós amamos a Deus, o nosso Pai, por ter nos salvado, e tememos desagradar a ele, nós precisamos ser extremamente cuidadosos sobre como pensamos e falamos o nome dele. Nós não queremos pensar ou falar sobre Deus como se ele fosse um avô sempre sorrindo para seus netos e que não se importa muito com o que falamos ou fazemos. Por outro lado, nós queremos evitar focar muito na justiça e na santidade de Deus a ponto de esquecermos o seu amor. Sem o amor e o perdão de Deus nós não conseguimos nada, a não ser ficarmos cheios de culpa e desespero, porque nada do que fazemos é perfeito.

 

O nome de Deus está acima de todos os outros nomes no céu e na terra pois existe poder no nome do Senhor. Deus quer que nós e todas as pessoas o invoquemos para que saibamos que somos seus filhos pela graça de Jesus, e para que sempre confiemos que ele está sempre acessível a nós por meio da oração, simplesmente invocando o seu nome.

 

Invoque-me no dia da angústia; eu o livrarei, e você me glorificará. (Salmo 50.15)

Para pensar

  • Como nós afetamos a boa fama, a reputação de Deus, na mente das pessoas quando elas nos veem regularmente cometendo pecados?

 

Aprofundando

3.12 Terceiro Mandamento: Santificarás o dia do descanso.

 

Neste mandamento Deus nos chama a reservar um tempo, semanalmente, para nos encontrarmos com os nossos irmãos na fé, no culto, e para ouvirmos a Palavra dele. E somos imensamente abençoados. Nesse processo, Deus traz equilíbrio à nossa vida novamente, nos lembrando do nosso propósito na Terra e da vida que virá.

 

No sétimo dia Deus acabou de fazer todas as coisas e descansou de todo o trabalho que havia feito. Então abençoou o sétimo dia e o separou como um dia sagrado, pois nesse dia ele acabou de fazer todas as coisas e descansou. (Gênesis 2.2-3)

 

Deus não descansou porque ele estava esgotado ou exausto. Ele estava estabelecendo um padrão de trabalho e descanso a ser imitado por suas criaturas humanas. Antes mesmo dos nossos primeiros pais caírem em pecado, fomos criados por Deus com a necessidade de descansarmos e de sermos revigorados. Mas a nossa natureza humana foi tão prejudicada pelo pecado que, agora, precisamos descansar ainda mais.

 

A ordem de Deus para que dediquemos tempo para adorar e descansar é importante para nós, e hoje mais do que nunca. A sociedade contemporânea, com seus smartphones, tablets e acesso mundial instantâneo a qualquer coisa, nos mantém em um ritmo que nunca vimos antes. Mas, acima de tudo, esse ritmo nos faz focar no aqui e agora, levando-nos a perder a perspectiva das questões maiores e muito mais importantes da vida. Questões como: onde passaremos a eternidade quando esta curta vida acabar?

Deus nos dá um imenso privilégio quando ele nos convida a nos sentarmos aos pés dele como seus filhos queridos. Nós somos confortados no seu amor e no seu perdão, sendo alimentados e fortalecidos para os dias que ainda virão. Ainda assim, muito facilmente nós nos afastamos do culto ou nos permitimos ficar distraídos por questões pequenas e sem importância.

 

(Jesus disse:) “Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso.” (Mateus 11.28)

 

O culto semanal nos dá a oportunidade de termos comunhão com outras pessoas que creem, de crescer na nossa fé e de orarmos juntos.

 

Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês veem que o dia está chegando. (Hebreus 10.25)

Para pensar

  • Como o culto semanal pode ajudar você a recolocar as prioridades nos devidos lugares ? Como isso ajudará você a aproveitar melhor a vida e tornará você mais presente na vida das pessoas mais importantes na sua vida?

 

Aprofundando

3.13 Quarto Mandamento: Honrarás o teu pai e a tua mãe.

 

Neste mandamento Deus nos lembra de que ele escolheu os nossos pais e as outras autoridades como seus representantes para nos proteger e cuidar de nós. Ele nos ordena a honrá-los e obedecer-lhes, desde que eles não nos mandem fazer coisas contrárias à vontade dele. 

 

Assim quem se revolta contra as autoridades está se revoltando contra o que Deus ordenou, e os que agem desse modo serão condenados. (Romanos 13.2)

 

Deus é a autoridade suprema em nossa vida e em toda a criação. Contudo, quando Deus estava criando este mundo ele fez a humanidade à sua imagem, delegando pessoas a representá-lo em funções de autoridade.

 

Esses representantes tornaram-se ainda mais importantes depois que Adão e Eva comeram a fruta proibida, pois a humanidade abandonou os altos padrões, estabelecidos por Deus, de amor e cuidado de um para com o outro. E, agora, cada um de nós busca seus próprios prazeres e benefícios. 

Os pais não são as únicas autoridades que Deus colocou acima de nós. Além deles, ele também nos dá avós, mentores, professores, pastores, chefes e supervisores, policiais, governantes e outras autoridades que cuidam de nós e são merecedores de nossa honra.

 

Portanto, paguem ao governo o que é devido. Paguem todos os seus impostos e respeitem e honrem todas as autoridades. (Romanos 13.7)

     

Há uma exceção em que Deus exige de nós que ignoremos os pais e autoridades: quando eles querem que nós desobedeçamos a Deus. Se eles querem que desobedeçamos a Deus eles certamente deixam de agir como representantes dele.

 

Então Pedro e os outros apóstolos responderam: — Nós devemos obedecer a Deus e não às pessoas. (Atos 5.29)

Para pensar

  • Quais foram os melhores conselhos que você recebeu dos seus pais ou de outras autoridades e que você se arrepende de não ter seguido?

  • Descreva como o seu chefe ou supervisor age e serve como representante de Deus para você e para a sua família.

  • Como você pode honrar os governantes mesmo quando você discorda fortemente deles?

  • "Por que Deus permite que governantes maus cheguem ao poder?" (áudio em inglês)

 

Aprofundando

3.14 Quinto Mandamento: Não matarás.

 

Este mandamento não apenas proíbe tirar a vida humana, mas também exige que nós protejamos a vida das outras pessoas, especialmente daquelas que não podem se proteger sozinhas. Nós somos proibidos de machucar qualquer pessoa, de qualquer maneira, e até de termos ressentimento em nosso coração. Uma vez que o Quinto Mandamento nos proíbe de matar outras pessoas (assassinato), parece que este é o mandamento mais fácil de cumprir. No entanto, os exemplos a seguir mostram quão desafiador isso pode ser.

 

1. Suicídio -  Deus proíbe o suicídio. Sendo o autor e doador da vida, somente ele tem o direito de terminar com a sua vida ou a de alguém outro. Suicídio é uma expressão de dúvida com respeito ao grandioso poder de Deus para nos perdoar ou de transformar e melhorar a nossa vida.

Para pensar

  • Liste as diversas razões pelas quais as pessoas cometem suicídio.

  • Discuta como Deus é a resposta para cada uma dessas questões.

 

Aprofundando

2. Eutanásia – Deus nunca nos deu autoridade de “acabar com o sofrimento” das pessoas dessa maneira, a fim de aliviar o sofrimento delas ou aliviar o peso para quem cuida daqueles que estão gravemente enfermos. Deus, na sua sabedoria e misericórdia, sabe a hora certa de encerrar a vida das pessoas. Só ele tem essa autoridade. No entanto, quando é evidente que a pessoa se aproxima da morte, é tolerável a discussão sobre a interrupção de intervenções médicas radicais. 

Aprofundando

3. Aborto: A Bíblia deixa claro que cada um de nós é uma pessoa valiosa desde o momento da nossa concepção. Com a exceção de salvar a vida da mãe, o aborto é uma violação do mandamento de Deus que proíbe o assassinato.

 

Tu criaste cada parte do meu corpo; tu me formaste na barriga da minha mãe. Eu te louvo porque deves ser temido. Tudo o que fazes é maravilhoso, e eu sei disso muito bem. Tu viste quando os meus ossos estavam sendo feitos, quando eu estava sendo formado na barriga da minha mãe, crescendo ali em segredo, tu me viste antes de eu ter nascido. Os dias que me deste para viver foram todos escritos no teu livro quando ainda nenhum deles existia. (Salmo 139.13-16)

Para pensar

  • Por que esforços heroicos são feitos para salvar um bebê nascido prematuro e muda-se de atitude e aborta-se um bebê completamente saudável?

  • Que tipo de ajuda podemos oferecer para mulheres que estão pensando em abortar?

Aprofundando

4. Ira e ódio – Jesus explica na passagem bíblica abaixo que o ódio e a ira também quebram esse mandamento. Deus não julga apenas as nossas ações mas também as nossas palavras, os nossos pensamentos e os nossos desejos. Você e eu podemos nunca ter causado a morte de alguém por intenção ou acidente, mas qual de nós nunca ficou com raiva de alguém, nunca maltratou uma pessoa ou nunca se recusou a perdoar? Sem falar nos insultos, no preconceito, na intolerância e no ódio...

 

(Jesus disse:) Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não mate. Quem matar será julgado.” Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão: “Você não vale nada” será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno. (Mateus 5.21-22)

Para pensar 

Há momentos em que Deus permite tirar a vida humana. Se estamos defendendo uma pessoa inocente ou nós mesmos de um transgressor da lei, Deus permite o uso da força, até mesmo uma força letal, a fim de conter o mal e proteger os inocentes. Por essa mesma razão, o governo tem a mesma autoridade para executar a pena de morte e entrar em guerra por uma causa justa.

 

Mas, se você fizer o mal, então tenha medo, porque não é sem motivo que a autoridade traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar quem pratica o mal. (Romanos 13.4)

Para pensar

  • Liste algumas profissões que se enquadram no princípio acima.

  • Sob quais circunstâncias você teria o direito de usar a força para proteger a sua família ou a sua casa?

  • Onde está o limite entre o que você deve proteger e o que não vale a pena arriscar uma vida humana?

 

Aprofundando

A vida é um presente de Deus. Tendo sido criados à própria imagem de Deus, devemos considerar a vida, tanto a nossa vida como a vida de todas as pessoas, como preciosa e digna de ser protegida. Devemos fazer tudo o que pudermos para sermos amigos do nosso próximo, oferecendo ajuda e suporte de todas as maneiras possíveis. 

3.15 Sexto Mandamento: Não adulterarás.

 

Neste mandamento Deus trata do presente da sexualidade. Desde o início Deus criou os humanos como seres sexuais. No entanto, ele reserva a atividade sexual apenas para esposo e esposa, dentro da relação do casamento que deve durar por toda a vida. Ele proíbe todas as outras formas de atividade sexual por causa do dano que elas inevitavelmente nos trazem.

 

Assim Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. (Gênesis 1.27)

 

O segundo capítulo de Gênesis especifica como Deus criou os dois primeiros humanos. Ele formou Adão do pó da terra (veja Gênesis 2.7). Então, tomando uma das costelas de Adão, formou Eva (veja Gênesis 2.21-23). Ele levou-a até o homem, uniu-os em casamento e disse:

 

Por isso, o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. (Gênesis 2.24)

 

Esse é o modelo para todos os casamentos, e para a atividade sexual que é saudável e benéfica para nós em termos de corpo, coração, mente e alma.

 

Dentro dos limites do casamento, a atividade sexual serve a três propósitos benéficos:

 

1) O sexo conjugal une o marido e a esposa em uma só carne, fortalecendo os laços que mantêm esse casamento.

 

Que os dois não se neguem um ao outro, a não ser que concordem em não ter relações por algum tempo a fim de se dedicar à oração. Mas depois devem voltar a ter relações, a fim de não caírem nas tentações de Satanás por não poderem se dominar. (1Coríntios 7.5)

 

2) As famílias são fortalecidas. Deus planejou que o sexo ficasse restrito ao casamento para que as crianças fossem apenas concebidas, nascidas e criadas em uma casa estável e amorosa, com um pai e uma mãe juntos. Novamente a passagem “tornando-se os dois uma só carne” entra em jogo, pois os filhos são fruto dessa “uma só carne”.

 

3) O sexo conjugal fornece o único canal saudável para a expressão do poderoso desejo sexual que Deus criou na humanidade, de modo que sejamos “fecundos” e nos multipliquemos (veja Gênesis 1.28).

 

Aos solteiros e às viúvas eu digo que seria melhor para eles ficarem sem casar, como eu. Mas, se vocês não podem dominar o desejo sexual, então casem, pois é melhor casar do que ficar queimando de desejo. (1Coríntios 7.8-9)

 

Deus criou o casamento para ser a união de marido e mulher para a vida toda. Mas ele não nos deixa aos nossos próprios cuidados. Ele fornece o amor, o perdão e a força para que cada casamento suporte todas as mudanças e dificuldades deste mundo pecaminoso.

 Para pensar 

  • Quais as dificuldades que Deus já ajudou você a superar?

  • Como a nossa sociedade está redefinindo a família? Quais têm sido os resultados disso?

Aprofundando

Este mandamento proíbe práticas comuns na nossa sociedade. 

 

1. Divórcio – Já que os dois se tornam “uma só carne” ou “uma só pessoa”, o divórcio nunca fez parte do plano de Deus para o casamento. O divórcio separa ao meio a carne unida do marido e da esposa, causando dor profunda e dano físico, emocional e mental aos dois. Da mesma maneira, essa situação separa e fere violentamente o fruto dessa união, os filhos. 

 

Cada casamento é um modelo do relacionamento que Deus tem com aquele que crê. Ele proíbe o divórcio exceto em dois casos: adultério ou abandono. Nesses casos o cônjuge em pecado já quebrou os laços do casamento (assim como uma pessoa pode simplesmente dar as costas para Deus e ir procurar um “caso” com um outro deus, conforme mencionado no Primeiro Mandamento). O divórcio também afeta profunda e negativamente os filhos do casal. 

 

É claro, o divórcio não é a única razão de crianças viverem com apenas um dos pais. Apesar de o ideal de Deus para cada criança é que ela cresça com uma mãe e um pai, existem várias razões para que isso não aconteça, incluindo relação sexual fora do casamento e a morte de um dos pais. Deus nos assegura que ele certamente oferece as suas bênçãos de amor, perdão e paz filhos nascidos de mães solteiras ou criadas por pais solteiros.

Para pensar

  • Que dor você já experimentou ou testemunhou em filhos de pais divorciados?

  • Como convencê-los de que eles não são os responsáveis pela situação, sem minimizar a dor que eles estão sentindo?

 

Aprofundando

2. Atividade sexual fora do casamento - Quando nós abandonamos aquilo que Deus traçou como propósito para a sexualidade e praticamos adultério, sexo antes do casamento e consumimos pornografia, nós nos expomos a um dano físico e emocional. Isso inevitavelmente acontece sempre que nós fazemos uso de algo de maneira contrária ao que o Criador planejou. Isso acontece porque o principal ensino bíblico de “tornando-se os dois uma só carne” (veja Gênesis 2.24) é uma parte fundamental de todo o ato sexual, tanto dentro do casamento quanto fora dele.

 

Ou não sabem que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, “os dois se tornarão uma só carne”. (1Coríntios 6.16)

 

O pecado sexual causa danos mais profundos, que vão além do físico, mental e emocional; ele causa um grave dano espiritual. Em 1Coríntios 6.17 nós lemos: “Porém quem se une com o Senhor se torna, espiritualmente, uma só pessoa com ele”. A Bíblia descreve isso como um casamento entre Deus e os cristãos: Cristo é o noivo, e a Igreja, ou seja, todos os cristãos, é a noiva. Assim como um homem que tem um caso se afasta da união com a sua esposa, cada vez que nós pecamos nós nos afastamos da união com Deus.

 

Porém quem se une com o Senhor se torna, espiritualmente, uma só pessoa com ele.

Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que alguém comete não afeta o corpo, mas a pessoa que comete imoralidade sexual peca contra o seu próprio corpo. (1Coríntios 6.17-18)

 

O que Deus quer de vocês é isto: que sejam completamente dedicados a ele e que fiquem livres da imoralidade. Que cada um saiba viver com a sua esposa de um modo que agrade a Deus, com todo o respeito e não com paixões sexuais baixas, como fazem os incrédulos, que não conhecem a Deus. Nesse assunto, que ninguém prejudique o seu irmão, nem desrespeite os seus direitos! Pois, como nós já lhes dissemos e avisamos, o Senhor castigará duramente os que fazem essas coisas. Deus não nos chamou para vivermos na imoralidade, mas para sermos completamente dedicados a ele. Portanto, quem rejeita esse ensinamento não está rejeitando um ser humano, mas a Deus, que dá a vocês o seu Espírito Santo. (1Tessalonicenses 4.3-8)

 

Os pecados sexuais não são piores do que outros pecados, mas eles são diferentes porque nós os cometemos diretamente contra o nosso próprio corpo. Com certeza esse não é um “crime sem vítimas”. E Deus nos considera responsáveis pela maneira como nós usamos ou abusamos desse corpo que ele nos deu.

 

Morar junto antes do casamento tem se tornado extremamente comum na nossa cultura. E, analisando superficialmente, até parece fazer sentido. A razão diz: “Um homem e uma mulher não teriam uma chance maior de fazer seu casamento durar o resto de suas vidas se eles experimentassem morar juntos primeiro?”

 

Tudo isso soa como sendo bom e tranquilo, mas algo está faltando. As filosofias que estão por trás do casamento e do morar juntos são completamente opostas. A promessa de um casamento é que marido e mulher ficarão juntos independentemente do que aconteça: na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença. A ideia de “morar junto” falha completamente nesse compromisso: “Nós ficaremos juntos enquanto nos entendermos. Mas se acharmos que não dá, seguiremos caminhos separados”. Em vez de se prepararem para o casamento, as pessoas estão se preparando para o divórcio.

Para pensar 

  • Existe sexo recreativo, ou “sexo sem compromisso”, que não tenha consequências negativas?

  • Liste algumas razões a partir das quais as pessoas acabam morando juntas, coabitando, antes do casamento.

  • Como essa falta de compromisso afeta as crianças que nascem de uma relação fora do casamento?

Aprofundando

3. Homossexualidade – A palavra de Deus claramente reserva as relações sexuais para o homem e a mulher, e somente no casamento.

 

Por isso Deus entregou os seres humanos aos desejos do coração deles para fazerem coisas sujas e para terem relações vergonhosas uns com os outros. Por causa das coisas que essas pessoas fazem, Deus as entregou a paixões vergonhosas. Pois até as mulheres trocam as relações naturais pelas que são contra a natureza. E também os homens deixam as relações naturais com as mulheres e se queimam de paixão uns pelos outros. Homens têm relações vergonhosas uns com os outros e por isso recebem em si mesmos o castigo que merecem por causa dos seus erros. (Romanos 1.24, 26-27)

 

Ou vocês não sabem que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não se enganem: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem afeminados, nem homossexuais... herdarão o Reino de Deus. (1Coríntios 6.9-10)

 

Alguns argumentam que a atração pelo mesmo sexo não é uma escolha feita, mas é algo inato, e que a pessoa já nasceria assim. Então se argumenta que devemos aceitar o estilo de vida homossexual como uma alternativa bem-vista aos olhos de Deus, e até mesmo aprovar o casamento homossexual.

 

O Salmo 51.5 afirma: “De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido”. Desde o momento da concepção, todos estão corrompidos pelo pecado. A nossa natureza pecaminosa distorce e destrói a natureza humana que Deus fez à sua imagem quando criou Adão e Eva. Jesus descreve isso nestas palavras: 

 

Mas o que sai da boca vêm do coração. É isso que faz com que a pessoa fique impura. Porque é do coração que vêm os maus pensamentos, os crimes de morte, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, as mentiras e as calúnias. São essas coisas que fazem com que alguém fique impuro. (Mateus 15. 18-20)

 

Só porque nascemos com certos desejos ou propensões pecaminosas, tais circunstâncias não tornam esses desejos permissíveis ou aceitáveis a Deus.

 

Atos homossexuais não são pecados piores do que os outros. Mas como qualquer outro pecado, eles devem ser confessados. Assim, o pecador poderá encontrar o perdão completo em Jesus Cristo, seu Senhor e Salvador, que pagou o preço por esse pecado, assim como por todos os outros. Pode até ser que o desejo homossexual permaneça até que Jesus restaure a sua perfeita imagem na pessoa, quando ele voltar para o dia do julgamento. Mas Deus está presente para fortalecer o cristão para que ele resista a esses desejos pecaminosos e se abstenha de praticá-los.

Para pensar

  • O que você pensa sobre o argumento de que devemos aceitar a homossexualidade quando um indivíduo declara: “Mas Deus me fez dessa maneira”?

  • Como podemos compartilhar o aviso de Deus contra o estilo de vida homossexual com um amigo homosexual ou com um membro da família sem o afastar de nós?

  • Como podemos mostrar amor e preocupação sinceros por um amigo envolvido no estilo de vida homosexual sem dar a impressão de que Deus aceita aquilo “numa boa” e de que ele não precisa se arrepender?

 

Aprofundando

Resumindo, Deus não quer prejudicar o nosso prazer sexual. Pelo contrário, ele fornece o limite saudável do casamento, dentro do qual ele abençoará ricamente a nossa vida: corpo, coração, mente, alma e espírito.

3.16 Sétimo Mandamento: Não furtarás.

 

Nesse mandamento Deus nos dá o direito de possuir uma propriedade. Ele protege essa propriedade e nos proíbe de roubar os bens de qualquer outra pessoa, mesmo que possa parecer algo correto, ou com aparência de direito. Ele também nos ordena que ajudemos os outros a manterem e melhorarem as coisas que ele lhes confiou.

 

Quem roubava que não roube mais, porém comece a trabalhar a fim de viver honestamente e poder ajudar os pobres. (Efésios 4.28) 

 

Este é mais um mandamento que parece bem fácil de obedecer, se só o olharmos de maneira superficial. Até porque não são muitos de nós que já arrombaram uma casa ou roubaram um banco. Mas antes de descartarmos este mandamento elogiando um ao outro com um tapinha nas costas, nós precisamos nos lembrar de que há muita coisa envolvida neste mandamento. 

 

Com certeza, nós não devemos roubar dinheiro, carros ou jóias. Mas nós também não devemos roubar dos nossos patrões por meio de pausas que vão além do horário de almoço, furtando materiais de escritório, fazendo cópias para uso pessoal ou intencionalmente desperdiçando tempo no trabalho. Nós tampouco deveríamos roubar de clientes dando o troco errado.

 

Escutem, vocês que maltratam os necessitados e exploram os humildes aqui neste país. Vocês dizem: “Quem dera que a Festa da Lua Nova já tivesse terminado para que pudéssemos voltar a vender os cereais! Como seria bom se o sábado já tivesse passado! Aí começaríamos a vender trigo de novo, cobrando preços bem altos, usando pesos e medidas falsos e vendendo trigo que não presta. Os pobres não terão dinheiro para pagar as suas dívidas, nem mesmo os que tomaram dinheiro emprestado para comprar um par de sandálias. Assim eles se venderão a nós e serão nossos escravos!” Portanto, o SENHOR, o Deus a quem o povo de Israel louva, faz este juramento: — Nunca esquecerei aquilo que o meu povo tem feito. (Amós 8.4-7)

Não apenas somos proibidos de tomar para nós as coisas que Deus confiou a alguém outro, mas devemos usar os dons que Deus nos deu para ajudar as pessoas em necessidade. Por toda a Bíblia nós nos deparamos com pessoas ricas: Abraão, Isaque, Jacó, o rei Davi e o seu filho, o rei Salomão. Deus deu a esses homens abundância de bens. Eles não acumularam essas coisas, mas generosamente compartilharam esses bens com os necessitados. 

 

Quem me ouvia falar me dava parabéns; os que me viam falavam bem de mim, pois eu ajudava os pobres que pediam ajuda e cuidava dos órfãos que não tinham quem os protegesse. Pessoas que estavam na miséria me abençoavam, e as viúvas se alegravam com o meu auxílio. A minha justiça e a minha honestidade faziam parte de mim; eram como a roupa que eu uso todos os dias. Eu era olhos para os cegos e pés para os aleijados. Era pai dos pobres e defensor dos direitos dos estrangeiros. Eu acabava com o poder dos exploradores e livrava das suas garras as vítimas. (Jó 29.11-17)

 

Até mesmo quando o seu povo é atingido por uma pobreza severa, Deus muitas vezes o move a ter grande generosidade:

 

Irmãos, queremos que vocês saibam o que a graça de Deus tem feito nas igrejas da província da Macedônia. Os irmãos dali têm sido muito provados pelas aflições por que têm passado. Mas a alegria deles foi tanta, que, embora sendo muito pobres, eles deram ofertas com grande generosidade. Afirmo a vocês que eles fizeram tudo o que podiam e mais ainda. E, com toda a boa vontade, pediram com insistência que os deixássemos participar da ajuda para o povo de Deus da Judeia e eles insistiram nisso. (2Coríntios 8.1-4) 

Para pensar

  • Dê exemplos de como as pessoas “roubam” outras pessoas de um modo que não é ilegal?

  • O jogo de azar ou as apostas (veja livrete em inglês em http://www.lhm.org/projectconnect/downloadfile.asp?ID=3109) podem ser uma maneira de tirar os bens do nosso próximo?

  • Compartilhe algumas ideias sobre como podemos usar as coisas boas que Deus nos deu para ajudar os outros.

  • Descreva algum momento em que você viu uma pessoa ser generosa durante um período de sofrimento na vida dela.  

 

Aprofundando

3.17 Oitavo Mandamento: Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

 

Neste mandamento Deus nos proíbe de mentir e fofocar sobre o nosso próximo. Em vez disso, ele nos direciona a cuidar da reputação do nosso próximo e a supor que o próximo tem as melhores intenções possíveis por trás de suas ações.

 

Por isso não mintam mais. Que cada um diga a verdade para o seu irmão na fé, pois todos nós somos membros do corpo de Cristo! (Efésios 4.25)

O oitavo mandamento é sobre como proteger a reputação das pessoas. Este mandamento literalmente nos proíbe de ser uma falsa testemunha, isto é, de mentir quando estamos  depondo no tribunal. Isso dificilmente parece ser algo que as pessoas fariam, mas mais uma vez Deus está listando o pior delito possível a fim de incluir qualquer outro delito menor com respeito à mentira na nossa vida diária.

 

Existem inúmeras razões pelas quais mentimos. Algumas mentiras são mal-intencionadas, e algumas acontecem com as melhores das intenções. No lado mal-intencionado existem os insultos, a difamação e as mentiras que espalhamos. Em cada um desses casos, se busca uma coisa: a destruição da reputação de outra pessoa. Mas talvez não estejamos necessariamente tentando arruinar a reputação de alguém. Talvez estejamos apenas tentando melhorar a nossa, comparando-a com a reputação dos outros. Mas isso não muda o fato de que as nossas palavras machucaram alguém. E dizemos que algumas mentiras são ditas sem mal-intenção. Elas por vezes acabam sendo inventadas para encobrir alguma coisa errada que nós fizemos ou para não ferir os sentimentos do nosso cônjuge ou alguém outro. Bem, às vezes, o silêncio é a melhor opção.

 

Jesus nos deu orientações para quando um irmão na fé peca contra nós:

 

(Jesus disse:) Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho, então você ganhou de volta o seu irmão. (Mateus 18.15)

 

Quando alguém erra e peca contra você, surge a oportunidade perfeita para se fazer fofoca. Mas Jesus ordena o silêncio. Afinal, é isso o que Deus faz quando nós confessamos os nossos pecados a ele. Ele os perdoa e nunca mais os traz à tona. E, já que todos nós tropeçamos e pecamos, nós não gostaríamos que aqueles contra quem pecamos fizessem o mesmo? Que protegessem a nossa reputação ficando em silêncio em vez de expor publicamente as nossas falhas por meio de fofoca? Foi isso o que Pedro quis dizer quando ele escreveu:

 

Acima de tudo, amem sinceramente uns aos outros, pois o amor perdoa muitos pecados. (1Pedro 4.8)

 

Imagine como seria bom se a nossa família, a nossa igreja, o nosso local de trabalho e a nossa vizinhança tentassem realmente proteger a reputação uns dos outros.

Para pensar

  • Dê alguns exemplos de pequenas mentiras inofensivas que você falou e que pioraram a situação para você.

  • Por que a verdade sempre é a melhor opção? Descreva uma situação quando você tentou fazer algo bom para alguém, mas as suas motivações acabaram sendo mal entendidas e criticadas. (Por favor, proteja a reputação da outra pessoa, deixando essa pessoa anônima.)

  • Que diferença faria se você começasse a pensar mais positivamente sobre as pessoas à sua volta?

 

Aprofundando

3.18 Nono mandamento: Não cobiçarás a casa do teu próximo. 

Décimo mandamento: Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu empregado ou a sua empregada, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença.

 

Nestes mandamentos Deus deixa de lado as nossas palavras e ações para expor o pecado escondido em nosso coração e mente. Ele nos proíbe de cobiçar, em nosso coração, as coisas que ele deu aos outros, e nos ordena a ficarmos contentes com aquilo que ele nos dá.

 

É claro que a religião é uma fonte de muita riqueza, mas só para a pessoa que se contenta com o que tem. (1Timóteo 6.6)

 

O contentamento transforma tudo. O nosso vizinho pode conseguir aquela promoção no seu emprego ou conseguir um carro novo e cheio de estilo. Ele pode viajar novamente para destinos exóticos, e nós podemos agradecer a Deus por isso.

 

Quando Deus é realmente o centro da nossa vida, nós podemos ficar seguros de que ele vai providenciar todas as coisas que precisamos. E o suficiente para ajudar o nosso próximo em sua necessidade também.

 

Que a sua felicidade esteja no Senhor! Ele lhe dará o que o seu coração deseja. 

(Salmo 37.4)

 

Mas o que significa cobiçar? O dicionário Merriam-Webster define dessa maneira: “Desejar (o que pertence a alguém outro) de maneira imoderada e incontrolável.” É muito fácil olhar apenas superficialmente para os Dez Mandamentos, achando que os cumprimos se nós nunca matarmos alguém, dormirmos com a esposa ou marido de alguém outro, roubarmos a propriedade de alguém ou mentirmos no tribunal. Mas esses dois últimos mandamentos trazem à tona este pressuposto: eles mostram que Deus não apenas julga e pune as nossas palavras e ações. Ele examina a fundo os nossos pensamentos e desejos ao olhar o nosso coração, a nossa mente e as profundezas da nossa alma. Nada fica escondido de Deus.

 

De repente, surge uma luz sobre os mandamentos anteriores. Talvez não tenhamos tirado a vida de ninguém ou nem mesmo tenhamos causado danos físicos a alguém, mas se nós tornamos a vida dessa pessoa algo doloroso ou desejamos que ela sofra ou morra, nós somos assassinos aos olhos de Deus. Talvez nós nunca tenhamos nos relacionado sexualmente com o cônjuge de outra pessoa, mas se nós olhamos com cobiça para tal pessoa, nós somos adúlteros aos olhos de Deus. Talvez nunca tenhamos estendido a mão para pegar algo que pertence ao nosso próximo, mas se nós desejamos profundamente alguma coisa que ele possui, nós somos ladrões aos olhos de Deus.

 

Mas, então, como Deus nos ajuda a lutarmos contra os desejos gananciosos da nossa natureza pecaminosa? Ele nos dá o contentamento. Quando nós estamos satisfeitos com as coisas que ele nos deu nesta vida, nós não nos sentimos incomodados pelas coisas que ele decidiu dar aos outros.

Para pensar

  • Que resposta esses mandamentos dão à ideia de que Deus aceitará pessoas no céu desde que elas tenham tentado fazer o seu melhor e vivido uma vida correta e  decente?

  • Como você se sente quando o seu vizinho consegue uma promoção, dirige um carro novo ou sai para uma viagem de férias bem exótica?

  • Se nós nos encontramos em uma situação em que percebemos que estamos cobiçando algo, em que poderíamos focar a nossa atenção?

  • Por que é importante mudar o nosso foco de atenção das dádivas que temos para o Deus que nos dá todas essas dádivas?

 

Aprofundando

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